Não vou mais me culpar por estar amando, estar me doando numa relação – às vezes mais do que deveria…
Não posso me sentir sobrecarrecada pelo que faço se for feito com amor. É por amor ou só uma obrigação? Estou sendo responsável pela minha escolha ou escolheram por mim? Não sentimos culpa pelo que fazemos de “peito aberto”. Talvez eu não esteja tão atenta nessa diferenciação.
Eu sou tão grande por não soltar a mão de quem soltou a minha – tantas vezes. Eu sou tão preciosa por escolher ficar quando todos se foram e vejo alguém sozinho… Eu sou tão forte por ouvir tantas vezes o problema dos outros e calar os meus – ou deixar pra resolver eles depois.
Mas eu escolhi ter coragem e sair da caixa. Em algumas vezes eu preciso lembrar que eu continuo tendo uma caixa mas eu escolho estar nela ou não – e a tampa dessa vez sempre ficará aberta porque essa é a Minha Caixa, onde ficam todas as minhas escolhas. E dentro dela, está minha maior escolha: EU!
E não esquecerei mais de mim priorizando os outros. Escolherei o que é prioridade e farei assim a ordem das coisas acontecerem.
Tem tanto valor o que eu quero. Tem tanto valor o que eu faço. Tudo é tão especial e cheio de amor… Eu sou cheia de amor. Antes não sabia demonstrar da forma que as pessoas esperavam mas isso são as expectativas dos outros, e hoje eu sei que não devo me culpar por não ser como elas esperam. Eu realmente não sou! E NOSSA! Como eu gosto de não ter essa obrigação de ser o que esperam ou o que querem…
Me faltava essa percepção.
O que eu achava que era liberdade, devia ser meu direito e se eu classifiquei como liberdade era porque me sentia muito presa. Presa pra ser quem eu sou ou quem eu quero ser? Sim. Mas agora, olha pra mim… mais uma surpresa. Eu posso fazer minhas escolhas e não tenho mais essa sensação de liberdade. Eu me sinto minha. Eu me sinto eu, me sinto me descobrindo muitas vezes também – e que lindo tudo isso, todas essas mudanças e processos.
Eu me sinto tão especial. E eu sou especial pra caralho. As vezes não como esperam mas aí é as expectativas dos outros, não é culpa minha.
Não me sentirei mais culpada por dar amor a quem não me deu, quando eu fizer, foi porque eu quis. Meu coração é maior que qualquer maldade e eu também estou descobrindo isso. Em tantas coisas são tantos processos… Em tantos detalhes tantas profundezas, tantas partes de mim… Tudo tem tanto de mim. É tão bom se perceber nessas coisas, nos detalhes, na vida.
Eu me sinto tão viva… Colocaria um nome para cada personalidade minha mas elas também não se encaixariam em nomes, minhas outras personalidades são grandes acontecimentos, grandes sensações. É tudo tão intenso e sublime que nem conseguiria definir em palavras. Mas eu sei quem eu sou e só isso me basta.
Eu sou muito feliz com minha individualidade e realmente não trocaria isso por nada. Eu me amo mais do que eu imaginava – e que delícia por isso pra fora, sabe?!
Beatriz Corbal. 230913
Um Coração Vulcânico 
Você precisa fazer login para comentar.